Simulado Agência Nac. de Transportes Terrestres - ANTT | Cargo 8: Analista Administrativo - TI: Infraestrutura | 2019 pre-edital | Questão 102

Língua Portuguesa / Domínio da ortografia oficial / Emprego da acentuação gráfica


O passado jamais pode ser objeto de escolha: ninguém
escolhe ter havido o saque de Troia; com efeito, a deliberação
não se refere ao passado, mas ao futuro e ao contingente, pois
o passado não pode não ter sido. Agatão está certo ao escrever:
“Pois há uma única coisa de que o próprio Deus está privado:
fazer que o que foi não tenha sido”.
Em outras palavras, a necessidade do passado se
contrapõe à possibilidade do presente, em decorrência da
indeterminação do futuro. O possível está, portanto, articulado
ao tempo presente como escolha que determinará o sentido do
futuro, que, em si mesmo, é contingente porque depende de
nossa deliberação, escolha e ação. Isso significa, todavia, que,
uma vez feita a escolha entre duas alternativas contrárias e
realizada a ação, aquilo que era um futuro contingente se
transforma em um passado necessário, de tal maneira que nossa
ação determina o curso do tempo. É essa passagem do
contingente ao necessário por meio do possível que dá à ação
humana um peso incalculável. Marilena Chaui. Contra a servidão voluntária. Belo Horizonte: Editora
Fundação Perseu Abramo, 2013, vol. 1, p. 114 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto
acima, julgue os itens a seguir.

O emprego do acento gráfico nos vocábulos “próprio” e
“decorrência” atende à mesma regra de acentuação gráfica.

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Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - SEGURANçA JUDICIáRIA / STF / 2013 / CESPE