Simulado Polícia Civil do Ceará - PCCE | Inspetor de Polícia | 2019 pre-edital | Questão 241

Língua Portuguesa / Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários)


Nossas palavras Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês
meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos tro-
cado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias
comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às
vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empi-
na papagaio e corta o adversário “no gasgo”. Não sei se no uni-
verso das pipas, lá fora, ocorrem os mesmos e magníficos emba-
tes que se verificam aqui, “cortando e aparando” os adversários.
Outra situação: personagens estão jogando uma “pelada”
enquanto outros estão “na grade”. Quem está na grade aguarda
o desfecho da partida, para jogar contra o vencedor, certamente
porque espera fora do campo, demarcado por uma grade. Vai
explicar…
E aqueles dois bebedores eméritos que “bebem de testa” até
altas horas? Por aqui, beber de testa é quase um embate para sa-
ber quem vai desistir primeiro, empilhando as grades de cerveja
ao lado da mesa.
Penso que o uso das gírias – palavras bem locais, quase
dialeto, que funcionam na melodia do nosso texto – é parte da
nossa criatividade, uma qualidade da literatura brasileira. Quanto
a mim, uso pouco, aqui e ali, nossas palavras. Procuro ser eco-
nômico. Mesmo assim, vou respondendo aos e-mails. Ele me diz
que, enfim, está tudo pronto. (Edyr Augusto Proença, http://blogdaboitempo.com.br, 26.07.2013. Adaptado)

De acordo com o autor, o uso de gírias é

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Fonte: ANALISTA JUDICIáRIO - ECONOMIA / TJ/PA / 2014 / VUNESP