Simulado Polícia Civil do Estado da Bahia - PC/BA | Investigador de Polícia | 2019 pre-edital | Questão 264

Língua Portuguesa / Reconhecimento de tipos e gêneros textuais


Autobiografia e memória Rita Lee acaba de publicar um livro delicioso, que cha-
mou de Uma autobiografia. É uma narrativa, na primeira pes-
soa, de sua vida como mulher e cantora, escrita com humor
e franqueza incomuns em artistas brasileiros do seu porte.
Exemplos. Foi presa grávida e salva por Elis Regina de
abortar.  Teve  LPs  lançados  com  faixas  riscadas  a  tesoura 
pela Censura.
É um apanhado e tanto, com final feliz. Mas será uma
“autobiografia”? Supõe-se que uma autobiografia seja uma
biografia escrita pela própria pessoa, não? E será, mas só
se ela usar as armas de um biógrafo, entre as quais ouvir um
mínimo de 200 fontes de informações. Na verdade, a “auto-
biografia”, entre nós, é mais uma memória, em que o autor
ouve apenas a si mesmo.
Não há nenhum mal nisto, e eu gostaria que mais can-
tores publicassem suas memórias. Mas só uma biografia
de verdade oferece o quadro completo. No livro de Rita, ela
fala, por exemplo, de um show na gafieira Som de Cristal,
em 1968, com os tropicalistas e astros da velha guarda. Na
passagem de som, à tarde, Sérgio e Arnaldo, “intencional-
mente, ligaram os instrumentos no volume máximo, quase
explodindo os vidros da gafieira”, e o veterano cantor Vicente
Celestino “lá presente, teve um piripaque”. Fim.
Uma biografia contaria o resto da história – que Celestino
foi para o Hotel Normandie, a fim de se preparar para o show,
e lá teve o infarto que o matou. (Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 26.11.2016. Adaptado)

O trecho do último parágrafo “Uma biografia contaria o
resto da história...” encontra reformulação correta, no que
se refere à regência, em:


Uma biografia deveria...

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Fonte: SOLDADO PM DE 2ª CLASSE / Polícia Militar/SP / 2017 / VUNESP