Simulado Polícia Civil do Estado de Goiás - PC/GO | Agente de Polícia Substituto | 2019 pre-edital | Questão 62

Língua Portuguesa / Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados


Texto CG1A01AAA O crime organizado não é um fenômeno recente.
Encontramos indícios dele nos grandes grupos contrabandistas
do antigo regime na Europa, nas atividades dos piratas e
corsários e nas grandes redes de receptação da Inglaterra do
século XVIII. A diferença dos nossos dias é que as
organizações criminosas se tornaram mais precisas, mais
profissionais.
Um erro na análise do fenômeno é a suposição de que
tudo é crime organizado. Mesmo quando se trata de uma
pequena apreensão de crack em um local remoto, alguns
órgãos da imprensa falam em crime organizado. Em muitos
casos, o varejo do tráfico é um dos crimes mais desorganizados
que existe. É praticado por um usuário que compra de alguém
umas poucas pedras de crack e fuma a metade. Ele não tem
chefe, parceiros, nem capital de giro. Possui apenas a
necessidade de suprir o vício. No outro extremo, fica o grande
traficante, muitas vezes um indivíduo que nem mesmo vê a
droga. Só utiliza seu dinheiro para financiar o tráfico ou seus
contatos para facilitar as transações. A organização criminosa
envolvida com o tráfico de drogas fica, na maior parte das
vezes, entre esses dois extremos. É constituída de pequenos e
médios traficantes e uns poucos traficantes de grande porte.
Nas outras atividades criminosas, a situação é a
mesma. O crime pode ser praticado por um indivíduo, uma
quadrilha ou uma organização. Portanto, não é a modalidade do
crime que identifica a existência de crime organizado. Guaracy Mingardi. Inteligência policial e crime organizado. In: Renato Sérgio
de Lima e Liana de Paula (Orgs.). Segurança pública e violência: o Estado está
cumprindo seu papel? São Paulo: Contexto, 2006, p. 42 (com adaptações).

De acordo com o texto CG1A01AAA

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Fonte: ESCRIVãO / Polícia Civil/PE / 2016 / CESPE_ME