Simulado Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo - CAU/SP | Analista I – Analista Administrativo | 2020 | Questão 271

Língua Portuguesa / Sentido próprio e figurado das palavras


Geovani Martins: como a favela me fez escritor Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em
1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha
mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade.
Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol
na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018,
teve início com o choque provocado por essa mudança.
Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as
regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol
parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando
me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais
umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes.
A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos,
ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia
precisa ser tratada sempre como algo em movimento.
A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a
economia. O favelado cria e consome como qualquer outra
pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro
apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também
da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo,
como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura
erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também
encontra seus públicos por becos e vielas. (Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)

Uma expressão empregada com sentido figurado está
destacada em negrito na alternativa:

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Fonte: SOLDADO / Polícia Militar/SP / 2018 / VUNESP