Simulado Tribunal Regional Federal - 2ª Região | Analista Judiciário - Área: Administrativa | 2019 pre-edital | Questão 409

Português / Conjunções coordenativas e subordinativas


A música alcançou uma onipresença avassaladora em
nosso mundo: milhões de horas de sua história estão
disponíveis em disco; rios de melodia digital correm na internet;
aparelhos de mp3 com 40 mil canções podem ser colocados no
bolso. No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós
mesmos, ou até que observamos outras pessoas fazerem
diante de nós. Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma
arte sem rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia
comum, nossos ouvidos registram música em quase todos os
momentos − pedaços de hip-hop vazando dos fones de ouvido
de adolescentes no metrô, o sinal do celular de um advogado
tocando a “Ode à alegria”, de Beethoven −, mas quase nada
disso será resultado imediato de um trabalho físico de mãos ou
vozes humanas, como se dava no passado.
Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em
1877, existe gente que avalia o que a gravação fez em favor e
desfavor da arte da música. Inevitavelmente, a conversa
descambou para os extremos retóricos. No campo oposto ao
dos que diziam que a tecnologia acabaria com a música estão
os utópicos, que alegam que a tecnologia não aprisionou a
música, mas libertou-a, levando a arte da elite às massas. Antes
de Edison, diziam os utópicos, as sinfonias de Beethoven só
podiam ser ouvidas em salas de concerto selecionadas. Agora,
as gravações levam a mensagem de Beethoven aos confins do
planeta, convocando a multidão saudada na “Ode à alegria”:
“Abracem-se, milhões!". Glenn Gould, depois de afastar-se das
apresentações ao vivo em 1964, previu que dentro de um
século o concerto público desapareceria no éter eletrônico, com
grande efeito benéfico sobre a cultura musical.
(Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro Maia
Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77)

No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós.



Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar que o elemento grifado pode ser substituído por:

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