Simulado Tribunal Regional Federal - 2ª Região | Analista Judiciário - Área: Administrativa | 2019 pre-edital | Questão 418

Português / Flexão nominal e verbal


O termo serenidade costuma estar associado a mais de
um significado, sendo que o primeiro deles tem a ver com a ca-
pacidade de lidar com docilidade e tolerância com as situações
mais adversas. Muitas vezes perdemos a serenidade quando
nos sentimos pressionados por expectativas que nós mesmos
produzimos em relação aos nossos projetos; é preciso cautela
para que nossos planos não se transformem em fontes de
tensão. Os que fazem planos mais realistas sofrem menos e se
aproximam mais da serenidade.
A serenidade corresponde a um estado de espírito no
qual nos encontramos razoavelmente em paz, conciliados com
o que somos e temos, com nossa condição de humanos falíveis
e mortais. É claro que isso depende de termos atingido uma ra-
zoável evolução emocional e mesmo moral: não convém nos
compararmos com as outras pessoas, não é bom nos revol-
tarmos com o fato de não sermos exatamente como gostaría-
mos; conformados com nossas limitações, podemos usufruir
das potencialidades que temos.
O momento presente é sempre uma ficção: vivemos en-
tre as lembranças do passado e a esperança de acontecimen-
tos futuros que buscamos alcançar. A regra é que estejamos
indo atrás de objetivos, perseguindo-os com mais ou menos
determinação. A maior parte das pessoas sente-se mal quando
está sem projetos, apenas usufruindo dos prazeres momentâ-
neos que suas vidas oferecem. Somos pouco competentes para
vivenciar o ócio. Essa condição emocional que os filósofos an-
tigos consideravam como muito criativa é algo gerador de um
estado de alma que chamamos de tédio.
De certa forma, fazemos tudo o que fazemos a fim de fu-
gir do ócio e do tédio que o acompanha. Mesmo nos períodos
de férias temos que nos ocupar. Por outro lado, perseguir obje-
tivos com obstinação e aflição de alcançá-los o quanto antes
também subtrai a serenidade. Assim, perdemos a serenidade
quando andamos muito devagar, perto da condição do ócio −
que traz o tédio e a depressão −, e também quando nos torna-
mos angustiados pela pressa de atingirmos nossas metas.
Mais uma vez, a sabedoria, a virtude, está no meio, naquilo que
Aristóteles chamava de temperança: cada um de nós parece ter
uma velocidade ideal, de modo que, se andar abaixo dela, ten-
derá a se deprimir, ao passo que, se andar acima dela, tenderá
a ficar ansioso. Interessa pouco comparar nossa velocidade
com a dos outros, visto que só estaremos bem quando
estivermos em nosso ritmo, qualquer que seja ele. (Adaptado de Flávio Gikovate. Disponível em: flaviogikova-
te.com.br. Acesso em: 23/10/15)

O verbo que pode ser flexionado em uma forma do plural,
sem prejuízo da correção e sem que nenhuma outra modificação seja feita no segmento, encontra-se sublinhado
em:

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Fonte: TéCNICO JUDICIáRIO - ADMINISTRATIVA / TRT 9ª / 2015 / FCC