Em agosto de 1969, o Presidente Costa e Silva sofreu
grave ataque cardíaco. Seguiu-se uma intensa luta pelo
poder, em torno da sucessão. Segundo a Constituição
de 1967, então em vigência, o Vice-Presidente Pedro
Aleixo deveria suceder imediatamente ao presidente, em
caso de morte ou incapacidade deste para os deveres
do cargo. Mas Pedro Aleixo opusera-se abertamente ao
AI-5, não servindo, portanto, aos propósitos das forças
armadas que controlavam o Estado. O Alto Comando
das Forças Armadas, dotado de poderes extraordinários,
concluiu que “a solução constitucional não era viável”,
decidindo que a presidência seria exercida por uma junta
pelos ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
(Alves, M. H. M. Estado e oposição no Brasil:1964-1984.
Bauru: Edusc, 2005. Adaptado)
A crise sucessória de Costa e Silva evidencia