Simulado Polícia Civil do Ceará - PCCE | Delegado de Polícia | 2019 pre-edital | Questão 792

Língua Portuguesa / Pontuação


A ciência do humor Na média, nós rimos entre 15 e 20 vezes por dia. Mas a
variação entre indivíduos é grande. E não só entre indivíduos.
Mulheres riem mais do que homens, mas são piores contadoras
de piadas. E, à medida que envelhecem, elas tendem a rir menos,
o que não acontece com eles. Também preferimos (todos) rir à
tarde e no início da noite.
Um bom estoque de informações como essas, além daquela
que foi considerada a piada mais engraçada do mundo, está em
Ha!: The Science of When We Laugh and Why (Ha!: a ciência de
quando rimos e por quê), do neurocientista Scott Weems.
O livro é interessante sob vários aspectos. Além das já refe-
ridas trivialidades, cujo valor é intrínseco, Weems faz um bom
apanhado de como andam os estudos do humor, campo que ape-
nas engatinhava 30 anos atrás e hoje conta com sociedades e
artigos dedicados ao tema.
O que me chamou a atenção, entretanto, é que o autor pro-
põe um modelo um pouco diferente para compreender o humor,
que seria um subproduto da forma como nosso cérebro processa
as dezenas de informações conflitantes que recebe a cada ins-
tante. Embora nós gostemos de imaginar que usamos a lógica
para avaliar as evidências e tirar uma conclusão, trabalhos neuro-
científicos sugerem que a mente é o resultado de uma cacofonia

de módulos e sistemas atuando em rede. Vence aquele módulo
que grita mais alto. Frequentemente, o cérebro aproveita essa
confusão para, a partir da complexidade, produzir ideias novas
e criativas.
Quando essas ideias atendem a certos requisitos como provo-
car surpresa e apresentar algo que pareça, ainda que vagamente,
uma solução para o conflito, achamos graça e sentimos prazer,
que vem na forma de uma descarga de dopamina, o mesmo neuro-
transmissor envolvido no vício em drogas e no aprendizado.
Basicamente, o humor é o resultado inopinado de nosso
modo de lidar com ambiguidades e complexidades. (Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo, 13.04.2014. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase – Frequentemente, o cérebro aproveita essa confusão para, a partir da complexidade, produzir ideias novas e criativas. – permanece pontuada corretamente, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, após o deslocamento das expressões em destaque.

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Fonte: CONTADOR / Desenvolve/SP / 2014 / VUNESP