Designado para fazer a crítica dos espetáculos líricos
de setembro de 1846 a outubro do ano seguinte no Jornal do
Comércio, Martins Pena se revelou um profundo conhecedor
da arte cênica, tanto no que se refere à prática teatral (cenário,
representação, maquinarias) quanto a sua história, sendo
não raro seus incisivos argumentos a causa de grandes
polêmicas no teatro representado na corte brasileira.
Pena ganhou evidência como comediógrafo a partir de
1838, ano em que foi encenada sua peça O Juiz de Paz na
Roça. Embora tenha produzido alguns dramas (que lhe
renderam duras críticas), destacou-se de fato pelas suas
comédias e farsas, nas quais retratou a cultura e os costumes da
sociedade do seu tempo.
Nas suas obras, Pena buscou uma tomada de
consciência de um momento da história de nosso país, que
recém adquiria uma limitada independência, e tentou pensar
criticamente nossa cultura, com as restrições que o contexto
impunha ao trabalho intelectual, desvencilhando-se da tradição
clássica, das comédias francesas, do teatro lírico e do
melodrama, para criar uma nova comédia com traços muito
pessoais, o que lhe garantiu sucesso imediato em seu tempo e
um significado ímpar na história do teatro brasileiro. Internet: <www.questaodecritica.com.br> (com adaptações).
Julgue os itens subsequentes, que versam sobre os sentidos e os
aspectos linguísticos do texto acima.
A substituição de “destacou-se” (R.11) por foi destacado
prejudicaria o sentido original do período.