Simulado Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul - SEFAZ/RS | Técnico Tributário | 2019 pre-edital | Questão 562

Língua Portuguesa / Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados


Texto CG1A1AAA A paz não pode ser garantida apenas pelos acordos
políticos, econômicos ou militares. Cada um de nós,
independentemente de idade, sexo, estrato social, crença
religiosa etc. é chamado à criação de um mundo pacificado, um
mundo sob a égide de uma cultura da paz.
Mas, o que significa "cultura da paz"?
Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças
e os adultos da compreensão de princípios como liberdade,
justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e
solidariedade. Implica uma rejeição, individual e coletiva, da
violência que tem sido percebida na sociedade, em seus mais
variados contextos. A cultura da paz tem de procurar soluções
que advenham de dentro da(s) sociedade(s), que não sejam
impostas do exterior.
Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser
abordado em sentido negativo, quando se traduz em um estado
de não guerra, em ausência de conflito, em passividade e
permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese, condenada
a um vazio, a uma não existência palpável, difícil de se
concretizar e de se precisar. Em sua concepção positiva, a paz
não é o contrário da guerra, mas a prática da não violência para
resolver conflitos, a prática do diálogo na relação entre
pessoas, a postura democrática frente à vida, que pressupõe a
dinâmica da cooperação planejada e o movimento constante da
instalação de justiça.
Uma cultura de paz exige esforço para modificar o
pensamento e a ação das pessoas para que se promova a paz.
Falar de violência e de como ela nos assola deixa de ser, então,
a temática principal. Não que ela vá ser esquecida ou abafada;
ela pertence ao nosso dia a dia e temos consciência disso.
Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta,
precisa impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os
valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e
promovem. A violência já é bastante denunciada, e quanto mais
falamos dela, mais lembramos de sua existência em nosso meio
social. É hora de começarmos a convocar a presença da paz em
nós, entre nós, entre nações, entre povos.
Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à
gestão de conflitos. Ou seja, prevenir os conflitos
potencialmente violentos e reconstruir a paz e a confiança entre
pessoas originárias de situação de guerra é um dos exemplos
mais comuns a serem considerados. Tal missão estende-se às
escolas, instituições públicas e outros locais de trabalho por
todo o mundo, bem como aos parlamentos e centros de
comunicação e associações.
Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as
desigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento
sustentado e o respeito pelos direitos humanos, reforçando as
instituições democráticas, promovendo a liberdade de
expressão, preservando a diversidade cultural e o ambiente.
É, então, no entrelaçamento "paz — desenvolvimento
— direitos humanos — democracia" que podemos vislumbrar
a educação para a paz. Leila Dupret. Cultura de paz e ações sócio-educativas:
desafios para a escola contemporânea. In: Psicol. Esc. Educ.
(Impr.) v. 6, n.º 1. Campinas, jun./2002 (com adaptações).

De acordo com o
texto CG1A1AAA, os elementos "gestão de
conflitos" (R.39) e "erradicar a pobreza" (R.46) devem ser
concebidos como

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Fonte: DELEGADO DE POLíCIA / Polícia Civil/MA / 2018 / CESPE_ME