Simulado Procuradoria-Geral do Distrito Federal - PGDF | Analista Jurídico - Esp. Arquivologia | 2020 | Questão 130

Língua Portuguesa / Domínio da estrutura morfossintática do período / Emprego das classes de palavras


Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que
manuais de estilo tinham consultado durante seu aprendizado,
a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que escrever,
para eles, aconteceu naturalmente.
Eu seria o último dos mortais a duvidar que os bons
escritores foram abençoados com uma dose inata de fluência
mais sintaxe e memória para as palavras. Ninguém nasceu com
competência para redigir. Essa competência pode não se ter
originado nos manuais de estilo, mas deve ter vindo de algum
lugar.
Esse algum lugar é a escrita de outros escritores. Bons
escritores são leitores ávidos. Assimilaram um grande
inventário de palavras, expressões idiomáticas, construções,
tropos e truques retóricos e, com eles, a sensibilidade para o
modo como se combinam ou se repelem. Essa é a ardilosa
“sensibilidade” de um escritor hábil — o tácito sentido de
estilo que os manuais de estilo honestos admitem ser
impossível ensinar explicitamente. Os biógrafos dos grandes
autores sempre tentam rastrear os livros que seus personagens
leram na juventude, porque sabem que essas fontes escondem
o segredo de seu aperfeiçoamento como escritores.
O ponto de partida para alguém tornar-se um bom
escritor é ser um bom leitor. Os escritores adquirem sua técnica
identificando, saboreando e aplicando engenharia reversa em
exemplos de boa prosa. Steven Pinker. Guia de escrita: como conceber um texto
com clareza, precisão e elegância. Trad. Rodolfo Ilari.
São Paulo: Contexto, 2016, p. 23-4 (com adaptações).

No que se refere ao texto precedente, julgue os itens a seguir.

Na linha 5, a palavra “último” foi empregada com valor de
substantivo.

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Fonte: PROFESSOR DE EDUCAçãO BáSICA - ÁREA DE ATUAçãO: ADMINISTRAçãO / SEE/DFT / 2017 / CESPE