Simulado Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania de Roraima - SEJUC/RR | Agente Penitenciário | 2020 | Questão 183

Língua Portuguesa / Acentuação gráfica


Texto I Disponível em: https://www.espacovital.com.br/publicacao-36954-
fake-news-o-mal-do-seculo-21. Acesso em: 08 dez. 2019. Texto II: Fake News: as mentiras que viram notícias Será que todos os que se manifestam sobre
qualquer assunto estão devidamente preparados
para utilizar devidamente os modernos canais de
comunicação?


A realidade do mundo de hoje é ligada à
velocidade, à digitalização e, consequentemente,
à exposição em redes. Com a inserção da
tecnologia no dia a dia das pessoas, é possível
presenciar diversas mudanças, como o fato de um
indivíduo com um perfil em uma plataforma social
ser propagador de informações e não mais apenas
receptor.
Este cenário de disseminação de ideias – boas
ou ruins, certas ou erradas, do mesmo ponto de
vista que o seu ou não – faz parte de um mundo
moderno e democrático. Neste contexto, a
tecnologia tem sido utilizada como ferramenta de
propagação destes posicionamentos. Ao ter o
poder do clique em mãos, as pessoas passam a
ser mais ativas diante das informações que
recebem. Os meios de comunicação mudaram as
formas de divulgar suas notícias diante deste
comportamento que os indivíduos passaram a
adquirir com o passar do tempo. Há alguns anos,
pesquisadores divulgaram artigos sobre a
influência da “segunda tela”: o notebook ou o
smartphone começavam a se infiltrar como
coadjuvantes da tela da televisão.
Telespectadores comentavam suas novelas,
criticavam o técnico do seu time de futebol e
faziam outros tipos de comentários. Hoje, os
dispositivos móveis não são mais uma segunda
tela, mas uma extensão real – e, muitas vezes,
protagonista – para receber, digerir e disseminar
as informações recebidas.
De meros mortais que até então era como
éramos tratados pela grande mídia, como
depósitos de informações – certas ou erradas,
boas ou ruins, favoráveis ou contrárias –,
passamos a ser também protagonistas através do
“poder” que a tela de um dispositivo móvel nos dá.
É incrível e, ao mesmo tempo, muito preocupante.
Será que todos os que se manifestam sobre
qualquer tipo de assunto estão devidamente
preparados para isso? Será que têm bagagem
suficiente para criticar? Os ditos “influenciadores”
realmente têm o espírito crítico necessário unido à
sua responsabilidade de “influenciar” ao publicar
seus posicionamentos? São provocações,
indagações, não afirmações.
Quando nos deparamos com as famosas fake
news
, por sermos ativos através das plataformas
sociais, assumimos uma parcela (grande) de
responsabilidade ao disseminá-las. Ao receber
aquela notícia através do WhatsApp, ou aquele
áudio que afirmam ser de uma determinada figura
pública e, com nosso “dedinho ansioso”,
compartilhamos o conteúdo em grupos com o
intuito de dar “furos de reportagem” que até então
eram coisa apenas de jornalistas, damos nosso
aval àquela informação.
As pessoas que criam as fake news não estão
isentas de responsabilidades – pelo contrário. O
que desejo é provocar o leitor a desenvolver seu
senso crítico diante da informação que se
consome e, com isso, não tomar como verdade
tudo aquilo que o impacta. O mesmo “poder” que
a tecnologia nos dá para disseminar informações
também nos proporciona a possibilidade de
investigá-las, contestá-las, analisá-las. No
entanto, investigar, contestar e analisar é
trabalhoso, exige esforço de pensamento e
queima de fosfato.
A diferença entre as fake news serem
desmascaradas ou se transformarem em
“verdade” está no pequeno intervalo de tempo
entre o momento em que as consumimos e o
momento em que clicamos em “encaminhar”.


Danillo Saes é coordenador de Análise e
Desenvolvimento de Sistemas da EAD
Unicesumar. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/. Acesso em: 08
dez. 2019.

Tendo em vistas as regras de acentuação
gráfica da Língua Portuguesa, assinale a
alternativa que apresenta uma explicação
INCORRETA para o uso do acento na
palavra em destaque.

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Fonte: PROFESSOR - EDUCAÇÃO ESPECIAL / Pref. Cariacica/ES / 2020 / AOCP