No Brasil, não tinha havido batalhas memoráveis,
nem catedrais, nem divinas comédias, mas o
Amazonas era o maior rio do mundo, as nossas
florestas eram monumentais, os nossos pássaros
mais brilhantes e canoros. É o que vemos em
tantas obras do Romantismo brasileiro.
Essa natureza, mãe e fonte de orgulho, funcionou
como correlativo dos sentimentos que o brasileiro
desejava exprimir como próprios, não apenas
na poesia patriótica e intimista, mas também na
narrativa em prosa.
Alguns contemporâneos de Álvares de Azevedo
diziam que, apesar do grande talento, ele não
era “brasileiro”. Por quê? Porque falava pouco do
mundo exterior e preferia temas universais. (Adaptado de O Romantismo no Brasil, de Antonio Candido, p.89.)
Há elementos no texto que permitem a seguinte
inferência: