Simulado Polícia Militar do Distrito Federal - PMDF | Soldado Combatente | 2019 pre-edital | Questão 184

Língua Portuguesa / Equivalência e transformação de estruturas; Paralelismo sintático


Texto I

O corre-corre dos centros urbanos tem transformado
a convivência entre homens em uma verdadeira selva de
pedras, já que pessoas tentam a todo custo aplicar a lei do
mais forte, e isso não é mais “privilégio” das chamadas
grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte e outras. Tudo por conta das famosas desculpas:
“O chefe me dá uma bronca se eu chegar atrasado”; “A culpa
é do governo, que não melhora nossas vias, e das
autoridades de trânsito, que não fiscalizam”, e por aí vai.
Contudo, tal fato tem trazido resultados danosos à
sociedade, ou seja, o número das várias formas de violência
no trânsito vem aumentando vertiginosamente, e estas se
traduzem em acidentes de trânsito com vítimas fatais e não
fatais, bem como em discussões que resultam muitas vezes
em lesões corporais e até mesmo homicídios.
Para se ter uma ideia, no Brasil, até o dia 20 de
setembro de 2011, o trânsito já havia feito 75.443 vítimas
fatais e deixado a marca de 247.844 pessoas hospitalizadas.
São dados gritantes oferecidos pelo Movimento Chega de
Acidentes, lançado em setembro de 2009, e que
demonstram a verdadeira guerra presente no trânsito, onde
só há perdedores. Além desses dados, devidamente
registrados, existe a chamada “cifra negra”, a resultante
daqueles acidentes que nem sequer chegaram ao
conhecimento das autoridades e não foram registrados.
Outro fato que não se pode deixar de considerar é
que não existem ainda mecanismos eficientes para medir o
trauma psicológico que um acidente de trânsito causa, não
só naquelas pessoas envolvidas diretamente, mas também
em familiares e amigos, pelo sentimento de perda e de
impotência.
Com isso, como se não bastasse a perda do maior
bem jurídico tutelado e o melhor presente recebido de Deus,
que é a vida, existem ainda as perdas econômicas causadas
pelos acidentes de trânsito. Ainda segundo o Movimento
Chega de Acidentes, os gastos decorrentes de acidentes de
trânsito estavam na exorbitante cifra de
R$ 66.705.309.199,27. Isso, em virtude da falta de educação
e do desrespeito às leis de trânsito.
Assim, por causa dessa selvageria no trânsito, o
Brasil deixou de aplicar recursos em áreas importantes, como
habitação, saúde, educação e segurança. Nesse sentido,
para se ter uma noção, com o dinheiro que já foi gasto, ainda
segundo o mesmo Movimento, poderiam ser construídas
1.905.918 casas populares, 1.334 hospitais de reabilitação e
adquiridas 572.029 ambulâncias. Vale frisar que esses dados
são atualizados 24 horas por dia e, certamente, quando você
estiver lendo este artigo, os números já serão piores.
Face aos dados apresentados no Brasil e em outros
países, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu,
no ano passado, o período de 2011 a 2020 como a Década
Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito, tendo como
objetivo a redução em até 50% no número de vítimas fatais
no trânsito, uma meta que não é só das autoridades, mas de
todos os atores do trânsito.
Nesse contexto, para a redução desses tristes
dados, é necessária a adoção de ações já previstas no
próprio Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em três áreas
importantes: Fiscalização, Engenharia e Educação para o
Trânsito. Esse tripé é que dá sustentação a um trânsito mais
seguro. Porquanto precisa-se de maior rigidez na fiscalização
das leis de trânsito; melhor planejamento das vias de tráfego
e principalmente trabalho educativo atento para o trânsito de
forma transversal no ensino fundamental, médio e até
superior, com estímulo nos alunos de valores como respeito,
solidariedade, paciência, equilíbrio, compreensão,
cooperação e responsabilidade. Edilson Fernando Cardoso Júnior. Internet: www.portaldotransito.com.br.
Acesso em 2/1/2012.

Assinale a alternativa em que a reescritura de fragmento do texto preserva o sentido original e a correção gramatical.

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Fonte: AGENTE DE TRâNSITO DA CARREIRA POLICIAMENTO E FISCALIZAçãO DE TRâNSITO / DETRAN/DF / 2012 / FUNIVERSA